quinta-feira, 11 de agosto de 2011

♥ O coração se reconstitui com o tempo...


Ficamos sentados contemplando o dia mais um pouco.
Não parecia certo sentir tanta tristeza em um dia tão bom.
Uma lágrima marcou meu rosto.
(A menina que não sabia ler)



Leva um tempo para se acostumar com a dor...
Leva um tempo para se acostumar com a ausência: muito mais tempo do que aquele gasto para se adaptar à presença, mas, cedo ou tarde, percebemos que vale a pena se acostumar e desacostumar...
Vale a pena toda a bagagem, toda a experiência e toda a inspiração ou a falta dela...
Vale a pena, pois é isso que nos dá a certeza de que estamos vivos: não há ninguém na face dessa terra que nunca tenha sofrido.
E, quando as coisas acabam realmente, antes de acabar há muitos sinais do fim...
Sempre somos capazes de perceber quando um relacionamento acabou, antes mesmo de acabar, mas poucos tem coragem de por um fim num relacionamento que não tem mais jeito.
Porque gostamos de abraçar causas perdidas, temos prazer em lutar por aquilo que não tem solução.
Mas, para existir um fim, basta que tenha existido um começo... O fim das coisas sempre geram sofrimentos e, não gostamos de lidar com o sofrimento por muito tempo, cedo ou tarde entregamos os pontos.
Desistimos: simples assim, quando se fala, mas complexamente ululante, quando se pratica.
Então, sofre-se mais um pouco - porque também não estamos acostumados com o fim das coisas - mas depois o sofrimento vai passando e...
O coração se reconstitui com o tempo... É como uma fênix que nasce das cinzas...
O coração por mais partido que esteja se reconstrói assim que damos a oportunidade de alguém curá-lo quando está ferido.
No entanto, somos nós os verdadeiros culpados da dor e do sofrimento, pois, às vezes, somos nós que o impedimos de se reconstruir.

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